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ontem enquanto esperava que o rapaz saísse do dentista, entrei na primark.
para além da imensidão de trapos que aquilo tem encontrei também, ao fundo, perto do sítio onde se compram tralhas para a casa, uma criança e os respectivos progenitores.
a criança berrava, o pai encolhia os ombros e a mãe perguntava insistentemente, numa obsessão quase doentia, onde estava o brinquedo que ele acabara de perder.
o miúdo, que não devia ter mais de dois ou três anos, não sabia responder e, perante o questionamento da mãe gritava.
cinco minutos depois daquilo, a mãe ajoelhada no chão a segurar o puto, o puto agarrado à mãe num gritaria desmesurada,
mas onde é que o puseste?
e o pai,
não te compro mais nenhum, podes crer,
e o puto a berrar,
e eu pensar
que catano, com tanta porcaria nesta loja é só darem cinquenta cêntimos para uma treta qualquer e acabar com o circo,
e a mãe,
onde é que o puseste? não está aí, onde é que está?
e o pai,
é que não compro mais nenhum mesmo,
e eu a pensar,
se calhar escondiam droga no brinquedo, tal a importância e o escabeche feito,
e o puto cada vez a berrar mais,
a mãe termina levantando-se, pegando no braço do puto e exclamando, sem pejo nem medo
(e eu seja cão se não é verdade)
rais parta o miúdo!
vamos fazer uma aposta:
esta seria das que dizia mal do programa da sic que educava crianças em horário nobre, como um treinador a um canídeo, ou das que acharia que programas destes são necessários?