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esta noite dormi 3 horas.
tive insónias e de manhã, cedíssimo, tive consulta na maternidade.
uma pessoa chega lá - com um frasquinho de urina nos pertences, um livro e uma garrafa de água - às oito e meia da manhã e espera, sentadinha até às 10, para ser atendida. até dormia uma sesta se não estivesse tanto calor (isso e para não perder a oportunidade de ver desfilar grávidas e perceber se aquele tipo de roupa poderia ser adquirida, não me fazendo parecer um bidão com pernas).
quando cheguei a casa, já por volta da hora do almoço, esfomeada, a suar por todos os poros, cansada de uma noite mal dormida, enfiei-me no banho e, depois de comer qualquer coisa, estendi-me na cama para descansar as pernas.
resultado: adormeci e acordei agora. (quem precisa de trabalhar quando está a formar uma pessoa na própria barriga, não é?)
O problema: acordei a meio de um sonho em que comia bolo de morango.
mas um sonho tão absurdamente real que tenho, ainda agora, o sabor do bolo na boca.
daqueles tipo torta, que comemos nos piqueniques, com um sabor enjoativo em demasia, o creme branco muito espesso e uma massa nada de mais.
já comi uma bolacha e não consigo livrar-me daquilo.
na verdade, dava vinte euros por uma fatia de bolo de morango rasca.
dava uma roupa do puto - a minha preferida - por uma fatia de bolo rasca.
oferecia os serviços intelectuais do rapaz - por duas horas - por uma fatia de bolo de morango rasca.
sem morangos verdadeiros.
só aquele sabor adocicado, enjoativo e barato.
alguma alminha caridosa que queira ajudar uma grávida com desejos?
não?
se o puto me nasce com cara de bolo culpo-vos a todos pela falta de solidariedade.