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numa clarividência tão clara como hoje ser quarta, que vou acabar os meus dias
vestida de preto,
bigodinho farfalhudo - se a depilação definitiva não fizer jus ao nome,
seca que nem um carapau - que a magreza só vem quando não é preciso,
de cabelo branco cortado à escovinha,
sentada todos os dias no chão de uma eira,
à sombra de árvore,
a descascar favas e ervilhas no seu tempo,
e a debulhar milho no restante,
enquanto saco de uns cêntimos que dou ao único catraio da aldeia e digo:
- pega lá filhinho, é para comprares uma chicla.
com este feitiozinho não vai haver lar que me aceite.